Wrecking Ball

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

“Nós arranhamos, acorrentamos nossos corações em vão
Pulamos, sem nunca perguntar por quê
Nós nos beijamos, eu cai no seu feitiço
Um amor que ninguém poderia negar”
(Wrecking Ball- Miley Cyrus)


- O que faz aqui?- Perguntei friamente.
- Eu... Eu me mudei- respondeu-me sentando ao meu lado- Você ainda sente raiva de mim? Depois de todo esse tempo?- Perguntou fofo.
Dei um suspiro derrotado e fiquei o olhando nos olhos o que foi um erro, pois me lembrei de todo os nossos momentos felizes, deixei escapar um sorriso bobo.
- Não... Faz muito tempo, melhor deixar no passado certo? – Falei e ele abriu um enorme sorriso assentindo feliz.
- Então... Temos muito que conversar não acha?- Deu um sorriso de lado e eu assenti – Que tal um lanchinho?- Gargalhou e eu o acompanhei e como aquele sorriso me fazia bem.
- Você mudou... - Cessou a risada e eu fiz o mesmo.
 - Serio?- Olhei para meus pés, envergonhada- Ainda sou a mesma Connor– Dei um soco de leve em seu ombro e ele somente riu.
- Vem Rose- Puxou- me para fora do ônibus enquanto o mesmo havia parado em um ponto quaisquer.
- Se mudou quando?- Perguntei após um tempo.
- Ontem, Quis sair de casa já que ela está uma bagunça- Fez uma careta e eu ri – E você?-
- Me mudei semana passada- Sorri simpática- Já sabe em que faculdade vai estudar?
- Sim, mas não me recordo o nome porque e muito complicado- Riu pelo nariz- Tem um Starbucks por perto, e ele azul com vermelho por fora
- Eu sei aonde é- Falei empolgada- Também estudarei lá- Sorri abertamente e ele fez o mesmo
Estávamos andando por uma rua qualquer e havíamos esquecido totalmente que iríamos lanchar, mas não liguei afinal com a companhia de Connor não queria mais nada. Falávamos animadamente da faculdade aonde estudaríamos até sentir alguém puxar meu braço e meu corpo se chocar com outro.
- Harry?- Perguntei ao reconhecer seu aroma.
- Er... Oi- Soltei-me dele e fiquei ao lado de Connor.
- Rose, quem e ele?- Connor sussurrou apenas para eu ouvir.
- Ninguém importante, Amigo de um amigo meu- Sussurrei de volta e ele sorriu.
- Oi - Connor o cumprimento simpático.
- Oi- Respondeu rude.
- Vamos Connor? Temos muito que conversar- Perguntei e ele assentiu, voltei minha atenção para Harry- Depois nos falamos Harry- Dei um sorriso de lado e peguei na mão de Connor o arrastando para longe.
- Ele pareceu ficar chateado- Connor quebrou o silencio
- Problema dele- Falei ríspida e ele se calou.
- Quer ir para aonde?- Perguntou após um tempo sorrindo de lado.
- Para casa, senão se importa- Falei o fitando
- Quer que eu lhe acompanhe?
- Não, mas obrigada- Sorri simpática e ele assentiu
- Tchau Rose- Me acolheu e um abraço caloroso
- Tchau Connor- Me soltei de seus braços e voltei a andar o deixando para trás.
(...)
- Mãe?- Chamei- a, assim que adentrei, porém não obtive resposta, dei de ombros e subi para o meu quarto.
- Que tédio- Falei para mim mesma e me taquei na cama e fiquei fitando o teto
- Concordo- Sentei-me assustada e logo um corpo começou a ganhar forma nas sombras de um canto quaisquer do quarto.
- Harry?- Levantei assustada, dando um passo para trás.
- Talvez você devesse começar a trancar a porta da sua varanda- Sorriu de lado e eu olhei a pequena varanda que se encontrava no meu quarto, com a porta entre aberta.
- Mais o que?- Perguntei confusa- O que faz aqui? Tem uma porta lá em baixo você sabia?- Voltei a perguntar dessa vez um pouco exaltada.
- Calma- Riu pelo nariz- Se eu batesse na porta você ia tender?- Perguntou é eu neguei e ele piscou sexy
- Vai embora, por favor- Cruzei os braços e ele se aproximou.
- Não- Sorriu de lado e se aproximou.
- Harry para- Ordenei, mas ele continuou a se aproximar.
- Por quê? Ta com medo? –Se corpo se chocou com o meu. Senti minhas costas baterem na parede fria o que me fez ficar arrepiada, as mãos de Harry foram ao encontro da minha cintura e me pressionou mais na parede.
- Me solta- Falei olhando em seus olhos e ele negou com a cabeça, e pressionou seu corpo mais no meu, pude sentir a respiração ofegante dele se colidir com a minha.
- Harry... - Murmurei, mas ele pareceu não me ouvir, seus lábios estavam perto do meu, já podia sentir o gosto do beijo de Harry, porém o barulho de meu celular tocando, fez com que eu me separasse dele rapidamente, olhe para o visor e pude ver o nome “Mãe” escrito, senti um aperto no coração afinal por que ela me ligaria as 17:00? , Me separei desses pensamentos e decidi atender.
Ligação ON
- Mãe?- Perguntei e pude sentir minhas mãos tremerem, sentei-me na cama e esperei a resposta.
- Oi minha filha- Pude ouvir a voz calma e doce de minha mãe e voltei a respirar normal.
- Aconteceu algo?- Perguntei olhando para Harry que o mesmo tinha uma expressão de raiva.
- Não minha linda, só queria lhe falar que chegarei um pouco mais tarde hoje, vou sair com Patrick- Sabia que ela sorria bobo, não consegui sorrir sincero pois odiava Patrick com todas as minha forças,afinal  não confiava nele.
- Hum... Tchau- Desliguei antes que ela respondesse e joguei meu celular na parede.
Olhei para Harry e ele me olhava preocupado, abaixei minha cabeça e enterrei meus dedos em meus cabelos, fiquei assim por um tempo ate decidir olhar para ele, mas o mesmo não estava mais lá.
- Como você é inútil Rosalinda Gray!- Falei um pouco alto deixando uma lágrima escorrer pelos cantos de meus olhos.
- Não acho que você seja inútil Rose- Harry apareceu ao meu lado colando sua mão em cima da minha.
- Obrigada- Murmurei cabisbaixa- Animado para amanhã?
- Não- fez uma careta e eu ri- Posso lhe fazer uma pergunta?- Assenti encostando minha cabeça em seu ombro- Quem era aquele garoto?- Me surpreendi com tal pergunta, porém decidi responde-lo afinal uma hora ou outra ele iria descobrir. Suspirei pesado e tirei sua mão de cima da minha.
- Ele é filho do homem que matou meu pai- Passei a língua sobre meus lábios e fiquei o fitando.
 Continua...


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Little Things

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

“Eu não vou deixar estas pequenas coisas
Escorregar para fora da minha boca
Mas se eu fizer
É você
Ah, é você
Eles somam
Eu estou apaixonado por você
E todas essas pequenas coisas.”
                                           (Little Things- One Direction)

Acordei com o barulho de meu celular tocando, abri meus olhos lentamente e fitei-o em meu criado mudo.
Quem me liga uma hora dessas?- Pensei e o peguei em mãos, não fiz questão de olhar quem era.
- Rose?- Ouvi a voz de Harry do outro lado da linha e me levantei rapidamente.
- oi Harry, aconteceu algo?- Perguntei indo até o banheiro.
- Não, só queria avisar que já estou saindo de casa- Minhas pernas ficaram bambas, olhei para meu relógio eletrônico que estava no criado mudo e já marcava 13:00, comecei a fazer minha higiene pessoal.
- tudo bem, irei terminar de meu arrumar, beijos- falei com uma voz estranha por conta da escova em minha e desliguei sem ouvir sua resposta.
Despi-me e entrei debaixo do chuveiro e quase sai correndo a água estava de congelar, meu banho foi realmente muito rápido, sai do banheiro enrolada em uma toalha e fui me Vestir, coloquei uma roupa bonita, que encontrara no closet com sucesso, calcei meus sapatos. Passei uma maquiagem fraca e fui pentear meus cabelos ele estava molhada o que dava arrepios, resolvi que iria secá-los, porém o barulho de alguém batendo na porta. Sai do quarto rapidamente, pulei alguns degraus e fui atender a porta.
- Oi -  Falou tímido é eu sorri.
- OI Harry, entre- Dei passagem para ele entrar e assim ele fez- Vou secar meu cabelo e já volto- Falei e ele apenas assentiu. Subi as escadas rapidamente fui secar meus cabelos. Assim que terminei o que foi rápido apanhei minha bolsa e sai do quarto. Encontrei Harry vendo algumas foto presas em porta retratos na sala, fiquei atenta em cada movimento seu, quando vi que ele havia pego uma foto minha e de meu pai meu coração acelerou e minhas pernas ficaram bambas, fui até seu encontro e apanhei a foto de sua mão bruscamente o que fez com que ele me olhasse assustado.
- Ele morreu- murmurei cabisbaixa colocando a foto em seu devido lugar.
- co...
- Não me faça lembrar, para lhe contar, por favor- minha voz saiu embargada por eu está contendo as lágrimas. O silencio reinou, ficamos assim por um bom tempo, eu contendo as lagrimas virada de costas para Harry, sabia que ele me olhava atento. Logo seus braços envolveram minha cintura, um arrepio percorreu meu corpo, o abraço de Harry me trazia paz assim como o abraço de meu pai, logo uma lágrima rolou pelo rosto, Harry posicionou-se em minha frente e a secou.
- Acho melhor a gente ir- Abri um sorriso e ele assentiu.
- Amo esse seu sorriso- Harry me pegou no colou e começou a me girar pela sala e eu? Simplesmente gargalhava
- Vamos logo Harry- Falei em meio às gargalhadas
- Tudo bem- Colocou-me no chão e fomos até a porta.

[...]
- Para onde está me levando Harry?- Perguntei inquieta em meu assento
- Em lugar... - Fez suspense, bufei irritada e ele deu uma risada fraca.
Alguns minutos depois ele parou o carro, porém não via nada de diferente o olhei e o mesmo segurava uma gravata.
- Para que isso?- Perguntei apontando para a gravata
- Suspense... – Sussurrou em meu ouvido é eu me arrepiei por intero.
Virei-me irritada para que ele pudesse colocar a gravata por cima de meus olhos, logo algo cobriu meus olhos.
- Vamos, confia em mim?- Perguntou e eu assenti mesmo não tendo certeza
Pude ouvir a porta de Harry sendo aberta e logo sendo fechada.
- Vem, Rose- Abriu a minha porta e segurou minha mão me guiando.
Harry e eu havíamos andando um pouco, uma de suas estão na minha cintura e a outra segurava firmemente minha mão.
- Chegamos- sussurrou, pisei em algo quente e senti que era areia.
Ótimo odeio praia- pensei dando um sorriso de lado.
Harry colocou-se atrás de mim e tirou a gravata de meus olhos.
A surpresa tomou conta de meu corpo, pude ver que não era areia e sim terra, eu estava em um jardim cheio de rosas de todas as cores, meus olhos lacrimejaram a vista era linda e emocionava qualquer um.
- Que lindo Harry- Pulei em seus braços dando um abraço apertado nele, logo suas mãos estavam em volta de minha cintura me apertando mais contra seu corpo, parecia que ele queria me proteger o que me fez sorrir boba.
- Ainda tem mais uma coisa... – Soltei de seus braços para poder olhar em seus olhos o que foi um erro, Harry me hipnotizava com aqueles olhos, ficamos nos fitando por um tempo, até eu abaixar a cabeça sem graça.
- Tem uma livraria bem ali- apontou para uma lojinha ao norte
- Como sabe que eu gosto de livros?- Perguntei risonha
- Vou lhe contar um segredo- Aproximou-se- Eu não sabia- Sorri boba novamente e peguei a mão de Harry o puxando para a livraria.
- Aqui parece o paraíso- Falei admirada, indo em direção a uma estante de livros aonde encontrei a coleção toda de Harry Potter meus olhos brilharam, afinal nunca tive dinheiro o suficiente para comprar todos.
- Gosta de Harry Potter?- Perguntou Harry apoiando seu queixo em meu ombro
- Harry Potter e minha vida- Respondi risonha pegando o livro As relíquias da morte
- Vai levar?- Perguntou
- Não- Meus olhos lacrimejaram, eu refletia como deveria ser ler aquele livro, me desfiz desse pensamento, pois não ficaria me iludindo de tal maneira.
- Quer tomar um sorvete?- Perguntou-me abrindo um enorme sorriso deixando amostra suas covinhas, assenti pegando em sua mão.
Saímos da livraria dando um breve aceno para uma senhora que se encontrava atrás do balcão que logo foi retribuído.
- Quer de que sabor?- Perguntou-me enquanto via uma lista de vários sabores diversos.
- Morango- respondi olhando para o atendente
- Dois de morangos- Pedi e o atendente saiu para fazer o pedido, porém continuei olhando para porta esperando-o 
- Vem Rose- Harry puxou-me para uma mesa
- Cadê o nosso pedido?- Perguntei inquieta
- Não sei Rosalinda- Harry falou em um tom ríspido e saiu da sorveteria
Fiquei um tempo processando o que havia acontecido e me levantei estava pronta para sair quando alguém segura meu braço
- Seu pedido- O atendente apontou para a mesa sorrindo simpático.
Eu poderia ficar ali e tomar meu sorvete junto ao atendente e descobrir de onde eu o conhecera, porém ao invés disso abri minha bolsa entregando o dinheiro a ele.
- Obrigado, entregue esse sorvete aquele casal ali, por favor- Pedi apontando para o outro lado da janela aonde se encontrava um casal se abraçando.
Sai pela a porta e vi Harry sentado em um banco olhando para o nada
- Posso me sentar?- Perguntei fofa
- Você que sabe- Murmurou grosso
- Harry o que houve?- Me sentei ao seu lado colocando minha mão encima da sua
Ele ficou quieto, mas também não fez movimento nenhum para tira minha mão de cima da sua.
- Desculpa- Murmurei me levantando.
Vi que ele não iria me levar para casa então decidi pegar um ônibus. Senti-me magoada, triste e nem ao mesmo sabia o motivo. Há sim deveria ser porque eu perdi a chance de descobrir quem era aquele garoto. Irritada chutei o banco da frente com força.
- Ei cuidado- Alguém falou em minha frente, meu coração acelerou eu conhecia aquela voz.
Continua... 

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You're My Favorite Song

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

“E se eu te ouvisse tocando no rádio
Eu nunca quero mudar
uma única nota
É o que eu tentei dizer
O tempo todo
Você é minha canção favorita”
                                   (You're My Favorite Song- Camp Rock)



“E se eu te ouvisse tocando no rádio
Eu nunca quero mudar
Uma única nota
É o que eu tentei dizer
O tempo todo
Você é minha canção favorita”

                                   (You're My Favorite Song - Camp Rock)


A música continuou a tocar e eu não queria mais dançar. Pensava em Harry, apenas nele.
- Louis! - alguém gritou nas minhas costas e logo uma garota se posicionou ao lado de Louis, dando um beijo estalado em sua bochecha - Vamos dançar! - gritou animada, arrastando Louis para a pista de dança, sem esperar ele responder. Olhei para onde o Harry estava e ele ainda permanecia de cabeça baixa. Fui em passos lentos ao seu encontro, porém uma garota mais rápida se posicionou em sua frente. Parei aonde estava e fiquei à observar a cena. A garota sentou no colo de Harry e eles começaram a se beijar loucamente. Abaixei minha cabeça e me direcionei para o estacionamento.
Por que eu ficaria ali? Louis sumiu e Harry se esqueceu de mim, o que foi justo, já que fiz o mesmo com ele. Mas por quê diabos estou a pensar em Harry? Um desconhecido qualquer. Me senti sozinha, o que fez uma lágrima descer pelo meu rosto, mas não fiz questão de secá-la.
Saí do estacionamento e um pingo vindo do céu atingiu minha cabeça, o que me fez levar um susto, dando um pulo automaticamente. Logo, vários pingos gelados se chocaram no meu corpo, causando-me um frio aterrorizante. Não fiz questão de correr da chuva. Ao invés disso, retirei meu salto e deixei meu pé esquerdo tocar o asfalto ainda quente, logo sendo seguido pelo pé direito. Apanhei meu salto em mãos e continuei a andar. A chuva havia ficado mais forte e o caminho já começara a ficar embaçado, o que me deixava nervosa, pois não sabia para aonde ir. Pensei em ligar para Louis novamente, mas ele deveria estar ocupado “comendo” alguém, assim como Harry, então decidi me esforçar e tentar seguir meu caminho.
Vi ao longe uma pracinha com uma pequena cobertura. Ela estava vazia, o que me fez ficar aliviada e ir em direção à mesma, aonde me sentei, encolhendo-me por conta do frio. Peguei minha bolsa e ela estava totalmente molhada. Abri-a e peguei meu celular, que decidiu não ligar por conta de seu “banho”. Eu não esperava outra coisa. 
Pude ver de longe um homem vindo em minha direção, então decidi que era hora de partir. Peguei minha bolsa e meus saltos e saí andando apressadamente. Olhei de relance para trás e ele estava me seguindo, mas não consegui ver seu rosto porque minha visão estava embaçada. Voltei a andar - correr -, até sentir uma mão grande com um toque familiar agarrar meu braço de leve. Encarei seus olhos verdes que estavam diante de mim.
- O que você faz aqui? - perguntei seca, me soltando de seu braço.
- Eu vim... atrás de você - se embolou um pouco com as palavras, brincando com seus dedos.
- Por quê? - perguntei olhando em seus olhos, ou tentando, pois a chuva ainda não havia parado, o que dificultava mais e mais minha visão. 
- Porque eu me preocupo com você, Rose, eu sei que te conheci ontem mas... você foi tão legal comigo, como ninguém nunca foi - olhou em meus olhos e pude ver sinceridade em seu olhar. Logo um sorriso brotou em meu rosto, arrancando um sorriso dele também. 
- Harry... Leva-me em casa?- pedi tímida, tremendo de frio. 
- Claro, toma - tirou seu blazer, colocando-o em minhas costas e corei com a proximidade de nossos rostos.
Guiou-me para seu carro, que havia ficado em uma rua perto da pracinha. Adentrei no mesmo, sentindo um frio percorrer meu corpo. O carro tinha seu cheiro, um cheiro agradável que, de alguma forma, me trazia paz. Fechei meus olhos, sentindo o aroma do carro de Harry, enquanto o mesmo entrava no automóvel.
O silêncio predominou o caminho todo, o que me deixava aborrecida, então decidi puxar assunto:
- Aquela garota, que estava te beijando, era sua namorada, Harry? 
- Não - deu uma risada fraca - eu não namoro, só fico, sabe? - perguntou virando seu rosto para olhar para mim e eu assenti.  
O silêncio voltou a reinar e eu não sabia para onde Harry estava me levando.
- Por que paramos? - perguntei assustada, já que não estávamos na frente da minha casa.
- Aceita dançar comigo, Rose? - perguntou olhando em meus olhos.
- Harry... não temos música e nem espaço - logo ele ligou o rádio, colocando em uma música que eu identifiquei como “You’re My Favorite Song”. Saiu do carro, deu a volta e abriu a minha porta.
- E agora? - perguntou sorridente a chuva ainda reinava, porém, decidi encará-la. 
Saí do carro e o segui para frente do mesmo. Harry colou nossos corpos e dançávamos no ritmo da música, a chuva que caía só deixava o clima mais romântico. Encolhi-me junto ao seu corpo por conta do frio e ele pareceu gostar da ideia, pois pude sentir que o mesmo sorria. 
- Harry... - sussurrei.
- Diga.
- Estou com sono, me leva para casa? - perguntei e ele parou de se mover, assim como eu.
- Hum… claro - soltou-me e voltamos para o carro.
- Obrigada, Harry - murmurei tímida
- Obrigado digo eu, Rose. Posso lhe pedir uma coisa? - perguntou, focando-se na estrada
- Claro - respondi sorrindo
- Você er… aceita sair comigo amanhã? 
- Sabe Harry...
- Ah, claro, você não me conhece direito, tudo bem eu entendo - sorri, triste. É, eu me arrependi amargamente. O silêncio voltou a reinar e dessa vez decidi ficar quieta, já estava quase seca por conta do aquecedor e, provavelmente, haveria consequências por ter pegado tanta chuva.
Harry estacionou em frente a minha casa e nem se quer me olhou, então decidi que ele não estava feliz com a minha presença. Vi um papel e uma caneta no chão do carro e peguei-os, anotando meu número, colocando-o em meu banco. Ele não pareceu notar o que eu havia feito, pois estava muito distraído olhando a rua. 
- Eu aceito o seu convite Harry - sussurrei e, sem ao menos perceber meu ato, dei um beijo em sua bochecha, saindo do carro logo em seguida. Coloquei a bolsa em minhas mãos e corri para dentro de casa. Subi para o meu quarto, indo para o banheiro. Despi-me e entrei debaixo da água quente, simplesmente relaxando. Saí do banheiro já vestida e fui colocar minhas vestes para secar, só aí vi o blazer de Harry. O peguei em mãos e coloquei para secar com os meus trajes. Assim que os coloquei em seus devidos lugares para secar, fui resolver o problema de meu celular. Coloquei-o para carregar e ele logo ligou, revelando uma mensagem de um número desconhecido. Abri-a e tive uma surpresa, pois estava escrito “Passo na sua casa depois do almoço, xx, Harry”. Sorri alegremente e decidi ir dormir. Apaguei as luzes e pensei o meu dia, quero dizer, no Harry. Com esses pensamentos, sorri novamente, fechando meus olhos em seguida. Não demorou muito e logo já havia pegado no sono. 

Continua...
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Stars Dance

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

“Posso fazer as estrelas dançarem
Iluminar a lua, posso fazer as estrelas dançarem
Se você quiser
O céu está em todo lugar, me coloque sob ele
Posso fazer as estrelas dançarem com você.”
                     (stars Dance- Selena Gomez)
Minha cama estava fria e eu não conseguia dormir, fechei meus olhos e tentei pensar em uma coisa boa, porém não se passaram nem 5 segundos e eu já estava com os olhos abertos novamente. Acendi meu abajur e peguei meu celular que estava em meu criado mudo. E Disquei o número do Louis que havíamos trocado no Starbucks e esperei ele atender. O que foi inútil já que ele não atendeu, Desliguei meu celular e o coloquei no meu criado mudo novamente. Fiquei fitando o teto por alguns míseros segundos até que decidi levantar. Fui ao banheiro e prendi meu cabelo em um coque frouxo, me olhei ao espelho.
- Vamos lá Rose durma- sussurrei para mim, esperando algo acontecer- Pronto, estou louca- Dei uma risada pelo nariz e fui até me guarda roupa, não ficaria em casa esperando o sono me abraçar, não mesmo. Vesti uma roupa confortável, no entanto quentinha e coloquei um casaco por cima logo depois calçando um tênis, as noites de Londres são verdadeiramente frias. Peguei meu celular e alguns trocados que estavam por perto e os coloquei no meu bolso.
Desci as escadas cuidadosamente para assim não acordar minha mãe. Abri a porta da sala e um vento forte bateu em meus cabelos negros os desarrumando por completo, mas não liguei. Passei pela porta fechando a mesma atrás de mim. Virei à esquerda e fui caminhando, a rua estava deserta não esperava outra coisa, quem e o ser humano que sai as 02h00AM para “caminhar”? Só eu mesmo. Passei por um beco e me atrevi a olhar, o que foi um erro. Lá se encontrava um grupo de cinco garotos fumando droga, assim que me viram vieram em passos lentos até mim. Não fiquei parada e voltei a andar agora mais rápido, olhei para trás e eles estavam quase me alcançando. Peguei meu celular e disquei o número de Louis e esperei até que uma voz preenche meus ouvidos a voz calma, porém cansada de Louis me acalmou como um calmante.
- Rose?- Perguntou baixo.
- Louis me ajuda, por favor- Pedi desesperada.
- O que houve onde você está?- Perguntou-me agora com uma voz mais aflita. De longe pude ver um Starbucks 24 horas aberto. - Rose?
- Em um Starbucks 24 horas perto de um banco- Dei uma corridinha rápida até o local para assim chegar viva até lá.
- Já sei aonde é, estou indo ai- Desligou.
Coloquei o celular no meu bolso, e voltei a andar. Vi-me diante de uma porta de vidro e a empurrei e o lugar foi preenchido com o som de um sino que ficava pendurado na porta. A atenção dos funcionários e do segurança que estava sentado bebendo um café, algo em minhas costas o fez levantar colocando a mão na cintura para puxar sua arma caso algum daqueles garotos viessem a entrar no local. Dei um suspiro e me sentei em uma mesa.
- O que a senhorita faz a essa hora na rua?- O segurança que aparentava ter uns 20 anos sentou-se em minha frente.
- Estava sem sono, então resolvi andar. Só que passei por um beco e vi uns garotos se drogando, assim que me viram, começaram a me perseguir então vim para cá.
- Esses garotos... Já ligou para alguém?
- Se você quiser te levo em casa- Uma garota de cabelos curtos de cor castanho se posicionou no meu lado.
- Já sim... Mas obrigada assim mesmo- Sorri para a garota e ela retribuiu.
- Me chamo Niall- O segurança se apresentou sorrindo é eu retribui.
- Me chamo Rosalinda, Mais podem me chamar de Rose- Sorri simpática.
- Me chamo Katherine, Mas se quiser pode me chamar de Kath- apresentou-se sorrindo e se sentou no colo do segurança é eu me assustei assim que eles começaram a se beijar.
- Eles são namorados não ligue- Outra garota se posicionou ao meu lado ela tinha cabelos longos preso em um rabo de cavalo frouxo de cor castanho também- Me chamo Alexandra, mas ficaria feliz se me chamasse apenas de Alex- Sorriu e eu retribui.
- Minha vez- Um garoto pulou o balcão e ficou do lado de Alex- Me chamo...- Foi interrompido pela porta sendo aberta.
- Rose?- Ouvi a voz de Louis e me levante rapidamente pedindo licença a Alex e a seu amigo.
- Louis...- O abracei forte e qualquer um que visse aquela cena poderia pensar que éramos namorados.
- Você ta bem? – Perguntou me soltando.
- Sim... – Dei um sorriso de lado.
- Então eu me chamo... - O garoto estava pronto para falar seu nome, quando Louis puxou-me para fora.
Olhei para dentro já que as portas eram de vidro e vi o garoto cabisbaixo. Soltei- me de Louis e voltei a adentrar no estabelecimento.
- Qual é o seu nome mesmo?- Perguntei para o garoto e ele levantou a cabeça sorrindo.
- Tyler- Responde sorrindo abertamente.
- Bonito nome- Sorri e sai do Starbucks encontrando Louis me esperando.
- Vamos?- Perguntou abrindo a porta de seu carro para eu entrar, assim fiz.
Após entrar encontrei um garoto de cabelos cacheados de cor castanho dormindo ao volante.  
- Harry acorda!- Louis gritou é o garoto acordou assustado.
- Desculpa- Desculpou-se e deu partida no carro. - Então você é a garota que me fez levantar as 02h00AM?- Perguntou me olhando pelo retrovisor.
- Sim, desculpa- Olhei para a rua completamente deserta. - Vira a esquerda, por favor- Pedi é assim ele fez- E onde está aquele carro ali- Apontei para o carro de meu visinho que provavelmente esquecera-se de colocá-lo na garagem.
- Obrigada- Agradeci descendo do carro, fechando a porta em seguida. Passei do lado da porta de Louis e ele estava dormindo ri pelo nariz.
- Er... Garota?- Harry chamou-me é eu me virei.
- Me nome e Rose, garoto- Fiz o mesmo é ele pareceu não ligar.
- Quer ir ao baile comigo?- Perguntou- me dando um sorriso torto.
- Não vou a esse baile. - Virei para porta e subi os pequenos degraus.
- Rose espera!- Agarrou meu braço seu toque era quente, porém me deixou arrepiada, sua mão era grande o que fez com que meu braço parecesse um palito em sua mão. - Sabe... Eu só sou popular por conta do Louis que é meu amigo e quando ele falta à faculdade eu não sou ninguém, as garotas não gostam de sair com garotos que não “popular”- Harry se abriu comigo, uma desconhecida qualquer aquilo me surpreendeu, fiquei mais surpresa ainda quando uma lagrima caiu de seus olhos verdes.
- Harry me desculpe, mas eu não lhe conheço direito. - Dei um meio sorriso erguendo sua cabeça para olhar em meus olhos.
- Tudo bem, até amanhã- Sorriu triste e voltou para o carro sem me dar oportunidade de respondê-lo. Senti-me mal por Harry, porém não poderia aceitar o convite de qualquer um, já fui boazinha de mais com Louis indo tomar um suco com ele, mas se isso não acontecesse o pior poderia ocorrer algo ruim comigo.
Adentrei em casa, fechando a porta e logo indo em direção as escadas subindo a mesma sem fazer nenhum barulho. Adentrei em meu quarto, apenas tirei meu casaco e deitei de tênis mesmo. Logo fui transportada para o mundo dos sonhos.
Acordei com alguém alisando meus cabelos o que me fez abrir meus olhos lentamente e me deparei com um par de olhos azuis me fitando. Aqueles olhos me passavam uma paz, me fazia ficar segura.
- Bom dia minha querida- Minha mãe levantou-se ficando ao lado de minha cama.
- Bom dia mãe- Respondi me sentando.
- Porque está com essa roupa? E não com o seu pijama? – Perguntou-me abrindo minhas cortinas o que fez meu quarto clarear e meus olhos arderem por conta da luz forte.
- Ontem a noite estava sem sono estão resolvi sair para vê se me deixava cansada- Respondia-a coçando meus olhos, vi varias luzes coloridas e senti-me tonta.
- Aconteceu algo?- Perguntou se sentando em minha frente.
- Não- Menti, não queria deixá-la preocupada.
- Tudo bem meu amor- Me olhou serena- O café já está na mesa- Abriu a porta pronta para sair.
- Mãe!- Chamei-a e ela se virou para mim- Hoje haverá um baile na faculdade...
- Volte antes das 01h00AM- Interrompeu-me dando uma piscadela.
- Valeu mãe- sorri abertamente e ela saiu pela porta fechando a mesma.
Estava disposta a ir a esse baile, talvez fosse legal. Levante-me e fui até o banheiro e fiz minha higiene matinal, assim que determinei despis-me e adentrei debaixo do chuveiro, liguei-o e esperei que a água morna descesse pelo meu corpo. Assim que a água chocou-se contra meu corpo, fiquei arrepiada. Fechei meus olhos e logo a imagem de Harry veio a minha mente, aqueles cachos bagunçados encantariam qualquer garota. Balancei minha cabeça tentando me livrar daquele pensamento.
                                                      [...]
Estava procurando um vestido perfeito entre os milhares que havia em meu guarda-roupa, finalmente achei um primoroso. O coloquei, e fui fazer minha maquiagem, abusei no batom vermelho, não gostava dessas coisas, mas hoje era diferente. Termine de fazê-la e fui aprontar meu cabelo, o sequei e fiz uma trança mal feita. Por fim calcei um par de sapatos que tinha separado mais cedo. Olhei-me no espelho e estava linda  não parecia eu, a maquiagem ressaltou meus olhos azuis o que me deixou encantada.  
- Querida Louis te espera lá embaixo- Minha mãe adentrou no quarto e seus olhos pararam nos meus. Havia aceitado o pedido de Louis já que hoje mesmo ele havia me ligado me convidando é eu não recusei, falei dele para minha mãe e ela pareceu gostar dele. - Você está linda meu amor- Me admirou por alguns segundos.
- Obrigada mãe- Sorri envergonhada e sai pela porta acompanhada por ela.
Cheguei à sala e Louis me esperava, enquanto mexia atento no celular.
- Louis?- Chamei-o e ele se virou para mim abrindo um lindo sorriso.
- Você está linda- Elogio-me é eu corei.
- Obrigada, vamos?- Perguntei e ele assentiu.
Louis abriu a porta para mim é eu adentrei no automóvel, logo ele entrou também, dando partida no carro.
Chegamos  ao Baile e logo Lou estacionou.
- Vamos?- Perguntou colocando os braços para cima, chacoalhando loucamente.
- Vamos- Sorri e abri a porta.
Louis é eu adentramos no ginásio onde estava ocorrendo o grande baile, ele estava totalmente cheio.
- Me concede essa dança Rose?- Perguntou sorrindo.
- Claro- Sorri de volta e fomos para a pista de dança.
 Começamos a dançar e logo a música “Stars Dance” da Selena Gomez ecoou pelo local. Louis me puxou para mais e dançamos feito loucos. Olhei por cima de seu ombro e avistei Harry sentando em uma mesa, cabisbaixo assim que seu olhar cruzou o meu ele negou a cabeça negativamente e voltou a abaixar a cabeça. Senti-me culpada, minha vontade era de ir até onde ele estava e abraçá-lo forte, mas algo me prendia ali. Algo não, alguém ,é esse alguém se chamava: Louis Tomlinson.

Continua... 
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I Found You

terça-feira, 7 de janeiro de 2014




“Justo quando eu desistiria
Á procura de algum tipo de sinal,
Foi quando eu encontrei você.”

                                      (I Found You - The Wanted)
Andava pelos corredores vazios de minha nova faculdade, não me lembrara do nome, pois não havia prestado atenção. Como o corredor estava vazio, o único som que se ouvia era de meus sapatos se encontrando com o piso extremamente liso.
Vi-me diante de uma enorme porta de madeira com uma pequena plaquinha onde se lia: diretoria, com letras muito bem desenhadas pintadas de dourado, para assim combinar com a tonalidade da porta.
Dei três batidas na porta e logo ela foi aberta revelando uma moça de olhos castanhos e cabelos loiros que caiam em seus ombros cobertos por um vestido vermelho que batia abaixo dos joelhos, me senti ofendida por sua beleza.
— Posso lhe ajudar? — Perguntou-me dando um sorriso.
— Eu vim falar com o diretor. — Respondi assim que me deixara passar.
— Claro, sente-se enquanto vejo se dá para ele lhe atender. — Respondeu-me se colocando atrás de sua mesa, discando algo no telefone, enquanto eu me sentava em um banco de madeira da mesma tonalidade da porta. — Espere só um pouco enquanto ele termina de falar com um dos alunos- Falou desligando o telefone me lançando um sorriso simpático que foi retribuído.
—Tudo bem — Respondi pegando meu celular do lado esquerdo do bolso de meu short.
Estava mexendo em meu celular até ouvir uma gritaria de dentro da sala, o que me fez ficar curiosa para saber o que acontecia lá dentro.
— Não fui eu! Você entendeu? — Ouvi a voz de um garoto.
— Fique calmo — Pude ouvir a voz do diretor.
— Licença, mas o que está acontecendo lá dentro? — Perguntei para a moça que deveria ser a assistente do diretor.
— Picharam o muro da faculdade — Me respondeu sem tirar seus olhos de seu computador.
— Eu vi... — Respondi — Ele quem a pichou? — Quando ela ia responder a porta se abriu e o garoto se posicionou em minha frente. Ele era muito bonito, seus olhos eram azuis meio esverdeados, seus cabelos castanhos muito bem cortados, estavam grudados em sua testa por conta do suor.
— Não, não foi ele — Disse apenas essa frase e saiu pela porta batendo a mesma com força.
— Pode entrar agora — Continuou a digitar como se nada tivesse acontecido.
Levantei-me colocando meu celular de volta ao meu bolso, segurando firmemente um caderno que havia trago para anotar tudo que fosse importante. Sempre andava com ele.
Adentrei na sala e um vento forte bateu em meu rosto me fazendo ficar arrepiada. Sentei-me em uma cadeira que havia em frente à mesa e esperei com que ele virasse a cadeira, já que o mesmo estava de costas para mim.
— Diretor? — Murmurei e o mesmo se virou rapidamente.
— Me desculpe senhorita Gray, estava distraído — Desculpou-se.
— Tudo bem, só queria saber que dia começa as aulas…
— Daqui a três dias — Deu um sorriso simpático e eu o retribui.
— Tudo bem, era só isso mesmo — Me levantei — Tem mais alguma coisa que eu precise saber?
— Haverá um baile depois de amanhã para os novatos e para os que já estudam aqui, você está convidada senhorita Gray.
— Tentarei vir, obrigada — Dei um sorriso simpático e ele assentiu, e claro que não iria, sempre odiei festas. Sai pela porta fechando a mesma atrás de mim.
— Boa tarde — Passei pela secretaria dando um sorriso e a mesma me deu um aceno. Sai pela porta a fechando.
Caminhei pelos corredores lentamente, foquei meu olhar no portão e o garoto da diretoria estava encostado como se esperasse alguém.
Passei por ele e senti que ele me seguia, meu coração ficou acelerado e minhas mãos começaram a suar. Até que sinto alguém agarrar meu braço, seu toque era gelado e me fez ficar arrepiada.
— Porque está me seguindo? — Me virei para ele que mantinha seus olhos fixos nos meus.— Sei que você e nova na faculdade e queria saber se você queria tomar um café comigo — Abriu um longo sorriso que me fez sorrir junto involuntariamente.
— Desculpa, mas não aceito convites de desconhecidos — Soltei-me dele e voltei a andar, porém ele continuava a me seguir.
— Me chamo Louis Tomlinson — Se colocou em minha frente estendendo a mão e eu apertei a mesma.
— Rosalinda Gray — Me apresentei sorrindo.
— Então... Aceita tomar café comigo agora?
— Tudo bem- Dei um suspiro e caminhei ao seu lado.
Já tínhamos chego ao Starbucks e o caminho todo foi um silêncio o que me incomodou bastante. Coloquei minha mão no bolso e vi que não havia trago dinheiro afinal morava perto e não precisava pagar ônibus.
— Er... Louis? — Agarrei seu braço e ele se virou para mim — E melhor eu ir…
— Por quê? — Ele perguntou com um olhar confuso que deu vontade de mordê-lo.
— Não tenho dinheiro — Murmurei e ele soltou uma risada pelo nariz.
— Eu vou pagar Rose, agora vem — me puxou em direção ao caixa.
— O que vocês desejam? — Perguntou uma garota com cara de tédio.
— Eu quero um suco de morango e você Lou? — Sorri sem graça por colocar um apelido nele.
— Dois sucos de morango, por favor — Pediu gentilmente e entregou o dinheiro a atendente.
— Podem se sentar que eu levaria o pedido — Assentimos e nos sentamos em uma mesa distante.
— Louis? Por que picharam o muro? — Perguntei inocente e ele me fitou por um tempo.
— Não sei... Só sei que foi alguém que não gosta de mim — Olhei em seus olhos e ele estava sendo sincero. Bem na hora que eu iria respondê-lo a atendente trouxe os nossos pedidos. Louis tomou um gole de seu suco e fez uma careta o que me fez gargalhar e ele me acompanhou.
— Então... Você vai vim ao baile? — Perguntou mexendo o suco com o canudo.
— Não sei... Não gosto de bailes — Dei de ombros e voltei a beber meu suco.
Eu e Louis ficamos conversando por um para nos conhecermos melhor. Era bom saber que no meu primeiro dia de aula eu teria um amigo. Sorri com esse pensamento. Talvez eu mudasse de ideia e iria a esse baile.

Continua...
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 Roupa da Rose  
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Prólogo.


- Senhor Styles? - Um homem de cabelos pretos vestindo um jaleco branco que, pelo que vi em seu crachá, era Zayn Malik chamou-me e eu já temia pelo pior.
- Sim...? - Me levantei devagar por conta de fortes dores no meu joelho esquerdo. - Como ela está?
- Sua esposa não está bem. - Deu uma pausa e prosseguiu - Não sabemos o que ela tem direito, ela não consegue falar e quando fala é pouco ou simplesmente grita, nem mesmo andar ela consegue e perdeu grande parte de sua memória. Já faz duas semanas que ela está aqui, não sabemos mais que providências tomar...
- Mas o senhor nunca me disse nada! Sempre que eu lhe perguntava se ela estava bem o senhor me respondia que ela estava! - O interrompi já alterado.
- Não se estresse não e bom para o senhor, não lhe disse nada, pois seus filhos me pediram para manter o caso de sua mulher em sigilo para o senhor não ficar nervoso. - Me ajudou a sentar novamente - Deixe-me prosseguir, durante essas duas semanas ela anda acordando de madrugada... Porém ela não fala nada, apenas se senta em sua cama e começa a escrever em um caderninho, porém ela não nos deixa pegá-lo. Eu não sei explicar e como se toda madrugada ela se lembrasse de seu passado e começasse a escrevê-lo, mas depois voltasse ao seu estado de antes e algo inexplicável.
- Por que vocês simplesmente... - Fui interrompido por uma serie de tosses que me deixou sem ar. - Não pegaram sem ela saber? - prossegui 
- Respeitamos a privacidade de nossos pacientes, o senhor deseja um copo de água? 
- Não, obrigado, eu poderia ficar um tempo com ela? 
- Claro, me acompanhe - Me ajudou a levantar e eu me apoiei em minha velha companheira: minha bengala. - Peço que não lhe faça perguntas ou coisa assim, não sabemos como ela pode reagir - Falou baixo e eu assenti.
Acompanhei-o por um extenso corredor de piso escorregadio que nem mesmo a bengala estava me ajudando. Paramos em frente a uma porta aonde se encontrava uma pequena janela que dava uma boa visão do quarto.
- Pode entrar se o senhor quiser, tenho que atender outros pacientes quaisquer coisa é só chamar - falou e deu um sorriso sincero e logo se retirou, adentrando em outro quarto. Posicionei meus óculos acima de meu nariz já que o mesmo se atrevia a cair. 
Adentrei no quarto e lá estava ela, deitada em sua cama em um sono profundo. Aproximei-me de sua cama e pude vê que ela tinha um semblante de dor. Calmamente alisei seus cabelos grisalhos que não haviam sido pintados há um tempo.
Serenamente Rosalinda abriu seus olhos, que naquela manhã fria estavam mais azuis que o normal. Quando seus olhos bateram com os meus, Rose agarrou minha mão. Seu toque me fez ficar arrepiado, após tanto tempo ela ainda tinha tais poderes sobre mim.
- Harry... - sussurrou e eu abri um grande sorriso.
- Rose... - sussurrei de volta alisando seus cabelos com a minha mão vaga. - Como está se sentindo? - Ficou quieta e o silêncio reinou - Rose? 
Seus olhos se desviaram dos meus e se perdeu em algum canto daquele quarto. Levei minhas mãos aos meus ouvidos assim que sons agudos saíram de sua boca me assustando por completo.
- Rose, pare, por favor, querida fique calma - Ela se debatia na cama gritando, lágrimas rolavam sem controle descendo pela extensão de meu rosto.
Senti duas mãos em meus ombros e logo vi enfermeiros se colocando ao lado de Rose tentando contê-la inutilmente, em um ato um tanto quanto estúpido me joguei em cima dela e a envolvi em meus braços e aos poucos ela foi se acalmando. Soltei-me dela e a vi dormindo novamente, e só aí me dei conta que um dos enfermeiros haviam anestesiado Rose.
                                                               [...]
Esperei Liam e Lissa na mesa de jantar. Queria ter uma conversa séria com os dois.
- Pai? - Os dois adentraram juntos e Lissa perguntou. - O senhor queria falar conosco? 
- Sim, Lissa, sentem-se – Os dois se sentaram, Liam a minha direita e Lissa a minha esquerda - Por que vocês não me contaram sobre o estado de Rosalinda? 
- Não queríamos te deixar nervoso, pai... - Responde-me Lissa.
- Imaginem como eu fiquei quando eu descobri... Vocês me decepcionaram.
- Não era essa a nossa intenção pai! - Liam se levantou e saiu pela porta me deixando sozinho com Lissa. 
- O senhor não entende... Queremos o seu bem, apenas o seu bem - Lissa se levantou e foi atrás de Liam.
Subi para o meu quarto e deitei-me em minha cama, deixando a minha bengala ao meu lado.
Eu não iria abandonar Rose nessa hora tão difícil, estava disposto a fazer o possível e o impossível para ajudá-la.
- Eu irei te ajudar Rose... Eu ire i- Sussurrei fitando uma foto dela em meu criado mudo.
Pensei em como a ajudaria até pegar no sono.
Continua...

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