Prólogo.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014


- Senhor Styles? - Um homem de cabelos pretos vestindo um jaleco branco que, pelo que vi em seu crachá, era Zayn Malik chamou-me e eu já temia pelo pior.
- Sim...? - Me levantei devagar por conta de fortes dores no meu joelho esquerdo. - Como ela está?
- Sua esposa não está bem. - Deu uma pausa e prosseguiu - Não sabemos o que ela tem direito, ela não consegue falar e quando fala é pouco ou simplesmente grita, nem mesmo andar ela consegue e perdeu grande parte de sua memória. Já faz duas semanas que ela está aqui, não sabemos mais que providências tomar...
- Mas o senhor nunca me disse nada! Sempre que eu lhe perguntava se ela estava bem o senhor me respondia que ela estava! - O interrompi já alterado.
- Não se estresse não e bom para o senhor, não lhe disse nada, pois seus filhos me pediram para manter o caso de sua mulher em sigilo para o senhor não ficar nervoso. - Me ajudou a sentar novamente - Deixe-me prosseguir, durante essas duas semanas ela anda acordando de madrugada... Porém ela não fala nada, apenas se senta em sua cama e começa a escrever em um caderninho, porém ela não nos deixa pegá-lo. Eu não sei explicar e como se toda madrugada ela se lembrasse de seu passado e começasse a escrevê-lo, mas depois voltasse ao seu estado de antes e algo inexplicável.
- Por que vocês simplesmente... - Fui interrompido por uma serie de tosses que me deixou sem ar. - Não pegaram sem ela saber? - prossegui 
- Respeitamos a privacidade de nossos pacientes, o senhor deseja um copo de água? 
- Não, obrigado, eu poderia ficar um tempo com ela? 
- Claro, me acompanhe - Me ajudou a levantar e eu me apoiei em minha velha companheira: minha bengala. - Peço que não lhe faça perguntas ou coisa assim, não sabemos como ela pode reagir - Falou baixo e eu assenti.
Acompanhei-o por um extenso corredor de piso escorregadio que nem mesmo a bengala estava me ajudando. Paramos em frente a uma porta aonde se encontrava uma pequena janela que dava uma boa visão do quarto.
- Pode entrar se o senhor quiser, tenho que atender outros pacientes quaisquer coisa é só chamar - falou e deu um sorriso sincero e logo se retirou, adentrando em outro quarto. Posicionei meus óculos acima de meu nariz já que o mesmo se atrevia a cair. 
Adentrei no quarto e lá estava ela, deitada em sua cama em um sono profundo. Aproximei-me de sua cama e pude vê que ela tinha um semblante de dor. Calmamente alisei seus cabelos grisalhos que não haviam sido pintados há um tempo.
Serenamente Rosalinda abriu seus olhos, que naquela manhã fria estavam mais azuis que o normal. Quando seus olhos bateram com os meus, Rose agarrou minha mão. Seu toque me fez ficar arrepiado, após tanto tempo ela ainda tinha tais poderes sobre mim.
- Harry... - sussurrou e eu abri um grande sorriso.
- Rose... - sussurrei de volta alisando seus cabelos com a minha mão vaga. - Como está se sentindo? - Ficou quieta e o silêncio reinou - Rose? 
Seus olhos se desviaram dos meus e se perdeu em algum canto daquele quarto. Levei minhas mãos aos meus ouvidos assim que sons agudos saíram de sua boca me assustando por completo.
- Rose, pare, por favor, querida fique calma - Ela se debatia na cama gritando, lágrimas rolavam sem controle descendo pela extensão de meu rosto.
Senti duas mãos em meus ombros e logo vi enfermeiros se colocando ao lado de Rose tentando contê-la inutilmente, em um ato um tanto quanto estúpido me joguei em cima dela e a envolvi em meus braços e aos poucos ela foi se acalmando. Soltei-me dela e a vi dormindo novamente, e só aí me dei conta que um dos enfermeiros haviam anestesiado Rose.
                                                               [...]
Esperei Liam e Lissa na mesa de jantar. Queria ter uma conversa séria com os dois.
- Pai? - Os dois adentraram juntos e Lissa perguntou. - O senhor queria falar conosco? 
- Sim, Lissa, sentem-se – Os dois se sentaram, Liam a minha direita e Lissa a minha esquerda - Por que vocês não me contaram sobre o estado de Rosalinda? 
- Não queríamos te deixar nervoso, pai... - Responde-me Lissa.
- Imaginem como eu fiquei quando eu descobri... Vocês me decepcionaram.
- Não era essa a nossa intenção pai! - Liam se levantou e saiu pela porta me deixando sozinho com Lissa. 
- O senhor não entende... Queremos o seu bem, apenas o seu bem - Lissa se levantou e foi atrás de Liam.
Subi para o meu quarto e deitei-me em minha cama, deixando a minha bengala ao meu lado.
Eu não iria abandonar Rose nessa hora tão difícil, estava disposto a fazer o possível e o impossível para ajudá-la.
- Eu irei te ajudar Rose... Eu ire i- Sussurrei fitando uma foto dela em meu criado mudo.
Pensei em como a ajudaria até pegar no sono.
Continua...

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